BIBLIOLOGIA – PARTE 2

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BIBLIOLOGIA – A INTRODUÇÃO

Que é a Bíblia? É a revelação de Deus à humanidade. Seu autor é Deus mesmo. Seu real intérprete é o Espírito Santo. Seu assunto central é o Senhor Jesus Cristo. Esta atitude para com a Bíblia é de capital importância para o êxito do seu estudo. Nossa atitude para com a Bíblia mostra nossa atitude para com Deus. Sendo a Bíblia a revelação de Deus, ela expressa a vontade de Deus. Ignorar a Bíblia é ignorar essa vontade. Certo autor anônimo corretamente declarou: “A Bíblia é Deus falando ao homem; é Deus falando através do homem; é Deus falando como homem; é Deus falando a favor do homem; mas é sempre Deus falando”.

POR QUE DEVEMOS ESTUDAR A BÍBLIA:

  1. a)     Porque ela ilumina o caminho para Deus (Sl 119.105, 130).
  2. b)     Porque ela é o alimento espiritual para o crescimento de todos (Jr. 15. 16; 1 Pe 2.1, 2).
  3. c)     Porque ela é o instrumento que o Espírito Santo usa para operação (Ef 6.17).

COMO DEVEMOS ETUDAR A BÍBLIA:

  1. a) Leia a Bíblia conhecendo o seu autor: Deus (Jr 1.12; Is 34.16; 1 Rs 8.56; Jo 17.17).
  2. b) Ninguém pode melhor explicar um livro do que o seu autor.
  3. c) Leia a Bíblia diariamente (Dt 17.19), fazendo assim alimentar-te-ás diretamente na mesa divina. O crente que não lê a Bíblia só recebe este alimento quando alguém o põe na sua boca. Considera perdido o dia em que não leres a tua Bíblia.
  4. d) Leia a Bíblia com oração (Ef 1.16, 17; Sl 119.18). Na presença do Senhor, em oração, as coisas ocultas são reveladas. Quando lemos a Bíblia, Deus fala conosco; quando oramos, falamos com Deus. A Bíblia e a oração completam-se.
  5. e) Leia a Bíblia aplicando-a a si próprio “Que diz meu Senhor ao seu servo?” (Js 5.14b), não devemos “importar” mensagens para a Bíblia e sim “exportar” dela. Cheguemos à Bíblia de mente limpa e coração aberto e receptivo à sua divina mensagem e seremos abençoados.
  6. f) Leia a Bíblia toda. Na Bíblia nada é dito de uma vez, nem de uma vez por todas. Não espere compreender a Bíblia toda (Dt 29.29). Não existe entre os homens ninguém “formado” na Bíblia. Como o irmão pensa entender um livro que nem sequer o leu todo ainda?

COMO PODEMOS ENTENDER A BÍBLIA:

  1. a) Crendo no ela ensina. A dúvida é um empecilho à compreensão das Escrituras Sagradas (Lc 24.21,25).
  2. b) Lendo por amor e prazer e com fome de aprender as coisas de Deus (Pv 2.3,5; 1 Pe 2.21; Mc 12.37; Hb 10.16), no coração (Dt 6.6).
  3. c) Crescendo sempre espiritualmente. Deus não pode revelar uma coisa para a qual você não tem estatura espiritual (Hb 5.13,14; Mc 4.33). Crianças só podem comer coisas leves. Procure aprofundar-se nas Escrituras. A planta da parábola definhou e morreu porque o terreno era raso (Mt 13.5,6). Sim, a Palavra de Deus deve ser estudada, ao mesmo tempo em que o Deus da Palavra deve ser amado e adorado.
  4. d) Sendo cheio do Espírito Santo. Ele conhece as coisas profundas de Deus (1 Co 2.10).
  5. e) Sendo humilde (Tg 1.21). Deus revela as coisas aos humildes (Mt 11.25), isto é, aos submissos a Ele e obedientes a sua Palavra (1 Pe 5.5).
  6. f) Disposição de agradar a Deus, estando disposto a obedecer a verdade revelada (Pv 2.1,2,5; Jo 7.17).
  7. g) Participando de reuniões de estudos bíblicos. Deus tem vasos escolhidos não só para pregar, mas também para ensinar (1 Co 12.28); devemos gostar de Apolo, o pregador, mas também de Paulo, o mestre (1 Co 3.4).

OBSERVAÇÕES ÚTEIS E PRÁTICAS NO MANUSEIO E ESTUDO DA BÍBLIA:

  1. a) Apontamentos individuais. Habitue-se a tomar nota de suas meditações na Palavra de Deus. A memória falha com o tempo. Distribua os seus apontamentos por assuntos previamente escolhidos e destacados uns dos outros. Use um livro de folhas soltas (livro de argola) com projeção e índice.
  2. b) Aprender a ler e escrever referências bíblicas. O sistema mais simples é o da Sociedade Bíblica do Brasil: duas letras sem ponto abreviativo, para cada livro da Bíblia. Entre o capítulo e o versículo põe-se apenas um ponto. Exemplos: 1 Jo 2.4; Jó 2.4; Fp 1.19, etc.

DIFERENÇA ENTRE TEXTO, CONTEXTO, REFERÊNCIA, INFERÊNCIA:

  1. a) Texto: São as palavras contidas numa passagem.
  2. b) Contexto: É a parte que fica antes ou depois do texto que estamos lendo. O contexto pode ser imediato ou remoto. Pode ser um versículo, um capítulo ou um livro inteiro, como é o caso de Provérbios.
  3. c) Referência: É a conexão direta sobre determinado assunto. Além de indicar o livro, capítulo e versículo, a referência pode levar a outras indicações; dependendo da clareza que se queira dar, como:

– indicação da parte inicial de um versículo: Rm 11.17a

– indicação da parte final de um versículo: Rm 11.17b

– indicação de um versículo que se segue até o final do capítulo em estudo: Rm 11.17ss.

  1. g) Recomendação para não se deixar de ler o texto indicado no momento “qv”. Vem da expressão latina “quod vide”= que veja.
  2. h) Recomendação para que se compare, confira ou confronte o texto indicado “cf”. Vem do latim “confere”.

As referências podem ser verbais ou reais, e estas também são chamadas autênticas. Referência verbal é um paralelismo de palavras, enquanto a real é de idéias. As referências verbais nem sempre tratam do mesmo assunto; as reais ou autênticas tratam sempre do mesmo. Exemplos: Zc 14.4,5 e Jd v. 14. São referências sobre a volta de Cristo em Glória, quando os seus pés tocarão o Monte das Oliveiras.

Inferência: é uma conexão indireta entre assuntos. Uma ilação ou conclusão que se faz.

Graças e paz!

Pr. Misael Job

 17-07-2017

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