4 – Posicionamentos Éticos no Ministério
4.1 – Relacionamentos Ministeriais
4.1.1 – O Obreiro e seu Pastor
Esse relacionamento deve ser desenvolvido sobre um bom código de ética, pois ele é o anjo da Igreja, ungido e convocado por Deus para estar nesta posição e com esta responsabilidade. O Obreiro deve demonstrar o máximo de consideração pelo seu Pastor, aceitando suas orientações, conselhos e lhe sendo submisso. O Obreiro e seu Pastor devem viver em harmonia desenvolvendo assim uma comunhão, pois o ministério da Igreja é convocado por Deus para também viver em perfeita unidade; e assim a obra de Deus irá avançar.
4.1.2 – O Obreiro e seus companheiros de Ministério
Esse é considerado um importando desenvolvimento da Ética Ministerial, pois dentro de um ministério deve existir harmonia e companheirismo. E para que essa harmonia venha fluir, é preciso ter um cuidado e total vigilância, para não se praticar alguns procedimentos que não devem existir dentro do ministério, vejamos então quais são:
Porfia – (teima, disputa, competição). É um esforço, uma luta para alcançar os objetivos, muitas das vezes de forma ilícita, prejudicando muitas vezes um companheiro de Ministério, para conseguir a posição que almeja.
Inveja – (desgosto ou pesar pelo bem ou felicidade de outrem. Desejo de possuir o bem alheio). É um mal que tem afetado a muitos, dentro do ministério e da Igreja isto não deve existir; essa prática é a contrariedade que alguém nutre ao ver outro ser bem sucedido, renegando as virtudes alheias e acentuando constantemente defeitos na pessoa ao qual se nutre a inveja; essa atitude causa males irreversíveis.
Cobiça – (busca por bens materiais). A cobiça é um desejo por aquilo que pertence ao outro, isto implica avareza, a cobiça frequentemente é acompanhada pela prosperidade e pode conduzir ao crime. A Bíblia nos diz em Tiago 4.1 e 2: “Donde vêm as guerras e contendas entre vós? Porventura não vem disto, dos vossos deleites, que nos vossos membros guerreiam? Cobiçais e nada tendes; logo matais. Invejais, e não podeis alcançar; logo combateis e fazeis guerras, nada tendes porque não pedis”.
Rebelião – (ato ou efeito de rebelar-se, revolução). Sendo rebelião uma decisão de não acatar as ordens ou a autoridade de um poder constituído. Portanto, deve-se haver um total cuidado para que esse mal não venha surgir e em ser semeado, somos chamados como já disse para a submissão e não para contrariar ou não aceitar ordens superiores.
No ministério é preciso ter um relacionamento de onde venha fluir o entendimento, a união, compreensão, o apoio mutuo; cumprindo assim o que está escrito em Isaías 41.6 “Um ao outro ajudou e ao seu companheiro disse esforça-te”.
4.1.3 – O Obreiro e os Membros da Igreja
O Obreiro precisa manter uma boa comunhão com os membros da Igreja a qual atua e com todos, pois no exercer de seu ministério deve ser conciliador. O Obreiro deve inspirar aceitabilidade da membrasia, para que todas as suas tarefas sejam cumpridas com êxito. Nós Obreiros somos chamados para ministrar ao corpo de Cristo, visando o “aperfeiçoamento dos santos” como disse o Apóstolo Paulo em Efésios 4.12, assim sendo, devemos conduzir nossas atividades na Igreja, mantendo uma harmonia com todos os membros, a fim de que todos cresçam em perfeita unidade.
4.1.4 – O Líder e seus liderados
O relacionamento de um líder para com seus liderados dentro da Igreja e fora, deve ser de entendimento e mútuo respeito, o liderado deve ser submisso ao seu líder, porem com isso não deve subjugar o seu liderado; a cada momento deste convívio é preciso que os dois exerçam as suas funções com dedicação e nenhum ultrapassando os seus limites, pois assim a consideração fluirá entre os dois, e a obra que o líder e seu liderado está desenvolvendo irá avançar com a bênção de Deus. As posições que Deus entrega os seus filhos, não são para nós virmos a nos sobrepor sobre as pessoas, porem, vir a auxiliá-las a desenvolver seus talentos.
4.1.5 – O Obreiro e a Sociedade
Todo cristão é chamado para ser “sal da terra e luz do mundo”, o Obreiro como representante de Cristo, embaixador do reino de Deus; tem que em suas atitudes resplandecer a presença de Cristo, ou seja, a sociedade precisa ver Cristo na vida de um obreiro. Por isso que o relacionamento com os que não são cristãos deve ser exemplar, para que estes sejam impactados pelos testemunho pessoal deste obreiro; para isso é preciso ser: atencioso e prudente; atuando com sabedoria, para que a Igreja venha ser bem representada. Precisamos conduzir as nossas responsabilidades dentro da sociedade com cautela, não devemos exigir uma consideração e atenção, pois isso vira naturalmente conforme o nosso procedimento dentro da sociedade.
4.1.6 – O Obreiro e a Família
O relacionamento familiar de um obreiro precisa ser desenvolvido com harmonia para servir de referencial para a Igreja; pois devemos atuar primeiro como obreiro no lar, sendo um exemplo em seu convívio com filhos e esposa; desenvolvendo uma vida de amabilidade, para com a esposa e os filhos; os apóstolos Paulo e Pedro orientam como deve ser conduzido o lar em Ef. 6.1 a 4 e 1ª Pe 3.1. Como está escrito nestes textos, a consideração deve ser mútua, pois a responsabilidade não pertence somente ao obreiro, mas a sua família também precisa cooperar vindo a ter procedimentos adequados tendo assim um testemunho exemplar, a esposa e os filhos precisam considerar a posição que o esposo e pai, possui perante a Igreja auxiliando-o no cumprimento de suas atividades, lhe apoiando.
O obreiro não pode dedicar-se tanto as suas responsabilidades dentro da Igreja ao ponto de esquecer a sua família, é preciso dedicar um tempo diário para estar dando atenção à esposa e aos filhos; pois antes de ser um obreiro é esposo e pai, a família deve ser amada e zelada, 1ª Tm 5.8. A família de um obreiro que flui o amor familiar e a comunhão contagiará a Igreja.
4.1.7 – O Relacionamento com as Autoridades
As autoridades foram constituídas por Deus e, portanto, devemos considerá-las e respeitá-las. O Apóstolo Paulo diz assim sobre esse assunto: “Todo homem esteja sujeito às autoridades superiores; porque não há autoridade que não proceda de Deus; e as autoridades que existem foram por ele instituídas. De modo que aquele que se opõe à autoridade resiste à ordenação de Deus; e os que resistem trarão sobre si mesmo condenação, Romanos 13.1-3. Este texto nos elucida, a importância de sujeitar-se as autoridades; portanto devemos atentar para essas instruções, quando estivermos em um relacionamento com uma autoridade seja no seu gabinete, departamento, local público e outros lugares. Quando convidamos uma autoridade para estar na Igreja, precisamos recebê-la com a consideração que lhe é devida; isto não quer dizer que devemos entregar-lhe a Igreja, mas honrá-lo, pois exerce autoridade sobre nós como cidadãos. E assim procedendo estaremos cumprindo a palavra de Deus, sendo prudentes e vindo a seguir o exemplo de Jesus que também assim procedeu como está escrito em Mateus 17.24 a 27.
4.2 – No tratamento de Causas Pessoais
Deve guardar assuntos lhe foram confidenciados. Não devendo fazer público, questões particulares ou específicas, a não ser quando extremamente necessário ( 2ª Tm 2.16); vejamos alguns procedimentos a serem tomados quando estão sendo tratadas essas causas:
– Não atuar de modo precipitado enquanto não estiver de posse de todos os fatos, para fazer um julgamento correto.
– Ser exemplo de coluna espiritual e moral ( 1ª Tm 4.12).
– Ser sempre imparcial nas decisões e posicionamentos, não se envolvendo com grupos, facções e famílias, para manter assim a sua autoridade ( 1ª Tm 5.21).
– deve manter um bom relacionamento, ser acessível e devotar atenção a todas as camadas da igreja como, crianças, adolescentes, jovens, adultos, anciãos, etc ( 1ª Tm 5.1-2.
4.3 – Na sua Linguagem ou Comunicação
O falar, as expressões pronunciadas e as conversas, pertencem a esse assunto; exercendo uma influência muito grande na conduta do obreiro. O Apóstolo Paulo alerta o obreiro Timóteo sobre isso em 1ª Tm 4.12; neste texto o apóstolo enfatiza sobre a maneira de falar e as conversações diárias; não devendo Timóteo ter conversas impuras e frívolas. O obreiro como Paulo, instrui que Timóteo deve ter sim, dar testemunho da presença de Cristo em sua vida, o obreiro deve refletir sobre aquilo que fala, pois precisa ser atento naquilo que fala afim de que as pessoas recebam dele conselhos sábios, orientações precisas, palavras que edifiquem para que as pessoas que lhe ouvir recebam graça. O Apóstolo Paulo em Ef. 4.31 assim adverte: “Toda a amargura, e ira e cólera, e gritaria e blasfêmias e toda a malícia seja tirada de entre vós”. Portanto, o obreiro como Paulo, está instruindo neste versículo que não se deve pronunciar blasfêmias e nem expressões que indiquem malícia. As palavras do obreiro em tudo devem indicar que este é um homem de Deus.
Graças e paz!
Pr. Misael Job
22-05-2017